3 anos curtos – um aniversário

4 Setembro, 2016aconteceu

Hoje celebrou-se o terceiro aniversário do Shortcutz Viseu. Ao longo destes anos as sessões de curtas metragens passaram por um alfarrabista, foram até uma fábrica de sabão onde ganharam raízes e amizades, estiveram pelo Museu Nacional Grão Vasco acompanhadas de outras obras de arte e encontraram casa no Carmo’81.
Depois de uma campanha de crowdfunding muito bem sucedida, onde alcançámos 124% do objetivo proposto, o Carlos Salvador, eu e o José Crúzio colocámos de pé a festa de aniversário e entrega de prémios anuais. “O silêncio entre duas canções” de Mónica Lima venceu a melhor curta do ano. A interpretação de Joana de Verona no mesmo filme saiu premiada, mas a surpresa da noite terá sido João Sá Nogueira, com o jovem actor a vencer na sua categoria rodeado de veteranos. “Arcana” de Jerónimo Ribeiro Rocha; “Prefiro Não Dizer” de João Pedro Augusto, “Gasolina” de João Teixeira; Mia Tomé em “Sintoma de Ausência” e “Lei da Gravidade” de Tiago Rosa-Rosso foram os outros galardoados.

A noite foi de festa. O ambiente informal das sessões transbordou no aniversário, nem sempre com o discurso mais eficaz, mas embebidos de alegria e rodeados de pessoas que admiramos tornou este dia muito especial.

João Sá Nogueira (em primeiro plano), vencedor na categoria de Melhor Actor, 2016.
"O silêncio entre duas canções" de Mónica Lima, eleita Melhor Curta do Ano, em exibição.
Ana Seia de Matos, atenta, que durante toda a sessão controlou a tela.
Cartaz da sessão de aniversário. Design da minha autoria.
Uma projeção, uma exposição e um amor.

Diálogo simples #1

24 Agosto, 2016palavras

– Vamos até o rio?
– Podemos ir, sim.  Mas…
– Mas?…. Não sabes nadar?
– Não…
– Eu também não soube nadar durante muitos anos. Já só aprendi em adulto.
– Sim? E porquê?
– Porque fui pai. Todos os pais deviam saber nadar.

*Disclaimer: Há momentos que pela sua brutal simplicidade me emocionam. Este diálogo não aconteceu, mas podia ter acontecido.  Este é o primeiro momento que partilho, talvez venham a existir outros.

Abílio, depois da colheita

23 Agosto, 2016fotografia

A meio da Agosto já as colheitas terminaram. As abelhas continuam a produzir um pouco de mel, mas esse não servirá para o apicultor lhe deitar a mão, é sim para se sustentarem durante o inverno.
A partir de hoje e até ao final deste ano, Abílio, Guardador de Abelhas, uma peça de teatro co-criada com mestre Graeme Pulleyn e o músico Ricardo Augusto, fará parte do meu dia-a-dia. A visita ao apiário de Harald Hafner marca o início dos intensivos ensaios que se seguirão nas próximas semanas e que irão culminar com a apresentação do resultado em Serralves, no Porto.
Estas são algumas imagem de recolha onde se pode ver, entre outras coisas, os restos de uma colheita.

Carro em abstrato

15 Agosto, 2016fotografia, tipografia

A minha paixão por carros é curta.  Sei pouco acerca deles, apenas o suficiente para guiar. Daí que sendo desafiado a fotografar um passeio de automóveis o meu interesse se situasse algures entre o nulo e o escasso. Fui à mesma.

O resultado, na sua grande parte, é desinteressante. E teria continuado a ser não me chamassem a atenção para um detalhe: os detalhes. “Isto resulta é com pormenores”, disse o John Gallo. E tinha razão. É que nesses detalhes fui descobrir outra coisa que me fascina bem mais: tipografia e composições abstratas. A idade dos automóveis, já avançada, contribuiu para que os achados fossem vários. Mais seriam não tivessem os carros rodas.