#instameetviseu2018 – parte 1

28 Setembro, 2018fotografia

A semana passada aconteceu o terceiro Instameet Viseu. Pelo segundo ano consecutivo tive a oportunidade de ser o curador do evento da Festa das Vindimas. Neste caso significa que tenho a liberdade de convidar alguns dos fotógrafos que admiro nessa rede. E há muito talento por ali.

Com o aproximar do fim-de-semana também alguns dos instagrammers foram chegando a Viseu. Eu desdobrava-me para acolher cada um dos mais de vinte participantes, curioso para conhecer pessoalmente os rostos por detrás da imagens, mas também receoso que algum percalço manchasse a estadia.

Durante os três dias em Viseu não faltaram de percalços, mas o que não antevi foi a forte união que este grupo gerou: de desconhecidos a família num dia. Sempre sorridentes, disponíveis aos pedidos mais estranhos, dos saltos às inevitáveis quedas, do caminhar ao sol a descobrir Omiri noite dentro… a criatividade assim é fácil de semear.

Os resultados colhem-se nas fotografias, mas essas contam apenas parte da história. Neste fim-de-semana conheci gente extraordinária que não só encontra outra perspectiva numa paisagem partilhada, como usa esse dom na sua forma de estar. É inspirador. Faz de mim uma pessoa mais rica, e lamechas. Um feliz lamechas. Obrigado Tiago Silva, Gabriela Gomes, Margarida Reis Pereira, Guilherme Barata, Eurico Amorim, Lígia Claro, Luís Cavaleiro, Luís EusébioFilipa Alexandra e Vitor, Sofia Dias, Paulo Furtado e Maria, Tiago Aleixo, Diogo Oliveira, Marcos Moreira, Nuno Serrão e Andreia, Alexandre Mascarenhas, Filipa Aguiar, Salomé Santos e José Pedro Pinto.

A fantástica fotografia de grupo pretence ao @lceusebio.

Materiais do Desenho, uma exposição

29 Março, 2018design gráfico

Todos os anos, ao visitar a estufa do Chão das Artes – Jardim Botânico da Casa da Cerca, em Almada -, irão deparar-se com uma exposição diferente. Desde da sua génese que este espaço procura explorar a ligação entre as artes plásticas e natureza. Fá-lo descontruíndo uma obra e olhando além do seu produto final. Foca-se essencialmente nos materiais utilizados e de como estes influenciam e moldam a própria técnica.

Lá, os visitantes são convidados a conhecer o jardim e as várias aplicações artísticas dessas plantas. Mostra-se a origem da tinta-da-china ou as diferentes utilizações do bambu. Explica-se um pouco da tela e de como as fibras da Cannabis sativa L.  fazem parte da sua constituição. Ou de como da videira se podem extrair as cores roseta, vermelhão e até preto.

Aprender-se um pouco por todo o jardim, no entanto, boa parte desta informação está condensada na Estufa para a qual este ano eu fui convidado a organizar graficamente esta informação. O resultado são doze painéis com cerca de dois metros cada um. Tons claros para o fundo, grafia legível, bilíngue e dezenas de imagens cuidadosamente escolhidas contribuíram para o resultado final que se quer, sobretudo, acessível e informativo. Sem complicações.

Uma nota de apreço para a equipa que gere este espaço, pela liberdade que dão à criação não só dos artistas que acolhem, mas pelo respeito demonstrado por todas as fases criativas, incluindo o design. Obrigado.

Lamecenses

21 Setembro, 2017fotografia

Em 2017, a Maratona Fotográfica da Fnac levou-nos a passear por Lamego.
Há alguns anos que não participava nesta iniciativa e o formato, embora o nome se mantenha, está drasticamente diferente. Comparando com a primeira edição, em 2009, as vinte e quatro horas a fotografar passaram a oito, não existem temas específicos por cada ponto de encontro e em vez de se explorar a pé a cidade de Viseu, este ano explorou-se a região de Lamego de autocarro. Bom, foi assim para os 95% dos participantes que não optaram por levar o seu próprio carro.

Lamego tem imensa história para partilhar e é com vergonha que confesso desconhecer grande parte dela. No entanto, esta foi uma viagem que ajudou a mitigar essa falha. Ajudou também fazê-la com a Ana e ter a oportunidade de ficar mais alguns minutos em cada um dos locais que visitámos. Quando o autocarro partia para o próximo ponto, nós podíamos experimentar um pouco do sossego rotineiro daqueles sítios em vez do alvoroço de quarenta fotógrafos ansiosos.

Houve muitas fotografias – e as que selecionei para concurso têm pouco a ver com estas -, mas aqui interessa-me partilhar alguns dos retratos que fiz dos lamecenses. A simpatia é a habitual do português, mas ainda me surpreender a coragem de olhar para a câmara. Se eu estivesse do outro lado seria muito diferente.