Month: Setembro 2016
#instameetviseu2016 – parte 1
Não são muito regulares, mas conta-se que quando acontecem os instameets são memoráveis. Ora, para quem, como eu, não estava a par do conceito, um instameet não é mais do que um meet (encontro) entre instagrammers. Aliás, colocar o prefixo insta em quase todo o que se faz e diz acaba por ser uma piada de grupo. Instafotos, Instagossip.
No mundo inteiro a rede social conta com 400 milhões de utilizadores, em Portugal a comunidade tem crescido cada vez mais. Por Viseu e a convite da Viseu Marca, reuniram-se na Festa das Vindimas cerca de 30 instagrammers de todo o país. No Sábado e Domingo as ruas desta cidade foram o epicentro para alguns dos mais seguidos instagrammers portugueses que trouxeram uma perspetiva nova a esta cidade.
No Sábado, por motivos de saúde não pude fazer companhia, mas a manhã de domingo foi suficiente para conhecer alguns destes fotógrafos e partilhar caminhos e enquadramentos. Da minha parte é difícil olhar para locais tantas vezes percorridos e encontrar neles novas imagens, mas é um desafio que não me cansa e até à data continua a dar frutos.
Estas são algumas das fotografias tiradas durante essa manhã, ao bom jeito do instagram, feitas com a minha muito portátil Sony RX100IV e editadas no telemóvel com VSCO e Snapseed. Obrigado à Patrícia Jorge, Minkas e Sofia Dias por se terem deixado fotografar. Para os curiosos, o meu perfil está aqui.
Jantar de Verão e a Fujifilm X-Pro 2
Adoro fotografia, interessa-me o seu lado artístico e as histórias que cada imagem pode trazer consigo. No entanto, nos últimos anos o aspeto técnico tem-me cativado de igual forma, por isso não é de estranhar que tenha reagido como um menino na noite de natal quando o John Gallo trouxe o seu equipamento fotográfico para um jantar cá em casa.
A nós juntaram-se a Cátia e do Dani para um serão agradável, já a experiência com a nova X-Pro 2… também o foi. É uma câmara sólida e com um design lindíssimo que é completado pelas fantásticas objetivas da marca que para lá da irrepreensível qualidade óptica são, na sua maioria, compactas e leves. O botão de seletor de foco faz toda a diferença no uso da câmara. Custa a crer que este joystick não seja padrão em qualquer máquina fotográfica. Já com as imagens no computador, é surpreendente o quão flexíveis são os ficheiros raw. Há imenso detalhe nas sombras para recuperar mesmo usando um ISO alto que, pela minha parca experiência com câmaras, tem pouquíssimo grão e o que tem até é agradável.
Pontos fracos? A ausência de um tilt-screen dói. Para planos menos comuns, a opção de rodar o ecrã e colocar a câmara junto ao chão, ou levantar os braços e mesmo assim ver o enquadramento é importante no meu trabalho. A precisão do foco em ambientes escuros ainda deixa a desejar comparando com a minha Canon 80D, ou até a pequena Sony RX100MkIV, o que me surpreendeu… Por fim, o botão para selecionar o ISO é um passo atrás. Já elogiei o design desta câmara e uma das razões prende-se pela inspiração que vão buscar às câmaras de filme, mas ter que puxar o botão para cima e rodá-lo sempre que quero mudar o ISO é tudo menos prático. É uma operação impossível de fazer sem que pare o que estou a fotografar para olhar para o botão, rodá-lo com esforço e só depois retomar o enquadramento. Menos mau é poder atribuir a função do ISO a um dos botões personalizáveis e daí selecionar no visor o ISO pretendido, isto sim, já seria possível sem desfazer o enquadramento.
Nunca existirá uma câmara perfeita, e no meio dos seus defeitos, esta X-Pro 2 está mais perto da perfeição que muitas outras. As imagens que dela saem são surpreendentes, aqui ficam algumas feitas de forma descontraída. Agora para ler uma review séria, recomendo gente séria. Na verdade eu só queria jantar, mas aconteceu isto.
3 anos curtos – um aniversário
Hoje celebrou-se o terceiro aniversário do Shortcutz Viseu. Ao longo destes anos as sessões de curtas metragens passaram por um alfarrabista, foram até uma fábrica de sabão onde ganharam raízes e amizades, estiveram pelo Museu Nacional Grão Vasco acompanhadas de outras obras de arte e encontraram casa no Carmo’81.
Depois de uma campanha de crowdfunding muito bem sucedida, onde alcançámos 124% do objetivo proposto, o Carlos Salvador, eu e o José Crúzio colocámos de pé a festa de aniversário e entrega de prémios anuais. “O silêncio entre duas canções” de Mónica Lima venceu a melhor curta do ano. A interpretação de Joana de Verona no mesmo filme saiu premiada, mas a surpresa da noite terá sido João Sá Nogueira, com o jovem actor a vencer na sua categoria rodeado de veteranos. “Arcana” de Jerónimo Ribeiro Rocha; “Prefiro Não Dizer” de João Pedro Augusto, “Gasolina” de João Teixeira; Mia Tomé em “Sintoma de Ausência” e “Lei da Gravidade” de Tiago Rosa-Rosso foram os outros galardoados.
A noite foi de festa. O ambiente informal das sessões transbordou no aniversário, nem sempre com o discurso mais eficaz, mas embebidos de alegria e rodeados de pessoas que admiramos tornou este dia muito especial.